O presidente da Universidade de Ciências Médicas de Karaj, Shahram Sayyadi, informou que a morte das 12 pessoas decorreu da ingestão de álcool adulterado, enquanto outras quatro estão em estado grave, relata o ‘site’ de notícias Iran Front Page.

As intoxicações ocorreram nos últimos dias na província de Alborz, cuja capital é Karaj, quando os afetados consumiram bebidas produzidas com “álcool industrial procedente de uma fábrica de desodorizantes”, indicou o chefe da polícia provincial, Hamid Hadavand.

A principal causa de morte foi a presença de álcool metílico em vez de álcool etílico nas bebidas.

Os afetados, com idades entre os 16 e 50 anos, sofreram sintomas como “problemas digestivos, respiratórios, visão turva e enjoos”, acrescentou o chefe da magistratura provincial, Fazeli Harikandi.

O consumo de álcool no Irão está proibido desde o triunfo da Revolução islâmica, em 1979, mas é possível encontrar bebidas importadas de contrabando e de fabrico caseiro.

A sua ingestão é punível com 80 chicotadas e a sua compra, venda e preparação é punível com seis meses a dois anos de prisão. Além do risco de punição legal, existe a possibilidade de envenenamento pelo uso de produtos como o metanol.

As intoxicações por consumo de álcool são frequentes no país.

Em 2020 foram contabilizadas mais de 700 mortes devido ao seu consumo, a grande maioria do sexo masculino, com idades entre os 14 e 78 anos.