Os dados hoje apresentados, citados pela imprensa brasileira, não incluem as prováveis mortes do jornalista britânico Dom Phillips e o ativista brasileiro Bruno Araújo Pereira, numa zona remota da Amazónia.

“É preciso compreender essa violência que estamos vivendo dentro de um contexto de um governo que fez a opção de colocar o Estado a serviço da grilagem [falsificação de documentos para, ilegalmente, tomar posse de terras], do garimpo ilegal, da extração de madeira”, acusou Carlos Lima, da coordenação nacional da CPT, citado pelo portal g1.

O responsável sublinhou ainda a urgência de uma resposta imediata por parte da sociedade brasileira, que, na sua opinião, tem de exigir às autoridades “cobrar a defesa das comunidades”.

“Crimes contra os indígenas, contra as lideranças, contra os ambientalistas precisam ser punidos exemplarmente”, frisou.

De acordo com a Cedoc-CPT, o estado do Pará foi aquele que registou mais mortes, dos quais três ambientalistas e um do movimento ativista sem terra.

Em 2021, foram registados 35 crimes desta tipologia.