Segundo um comunicado da Faculdade de Ciências de Lisboa, os resultados mostram que o aquecimento atingiu o máximo em 1998/1999, quando a temperatura na região alcançou os valores mais elevados.

“Desde então, as temperaturas caíram significativamente, registando-se um decréscimo de quase 1.° C, quando comparando a última década (2006-2015) com a anterior (1996-2005)”, diz-se no comunicado.

De acordo com os especialistas o arrefecimento já está a ter um impacto sobre os ambientes terrestres e marítimos da península antártica, tendo os investigadores a trabalhar no local observado “não só um ligeiro aumento da presença de gelo marinho na região como uma desaceleração no recuo dos glaciares e plataformas de gelo”.

A análise dos resultados foi feita por uma equipa internacional que inclui investigadores do Instituto Dom Luiz, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território.

A informação contraria as notícias dos últimos anos sobre o aumento global das temperaturas, quer em terra quer no mar, com dados a indicarem que os recordes de altas temperaturas estão a ser batidos consecutivamente.

Segundo a Agência Oceânica e da Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos os oito primeiros meses deste ano a temperatura à superfície dos oceanos foi de 14.1 graus celsius, mais 1,01 do que a média do século XX.

Em julho último cientistas e políticos alertavam para a necessidade de “identificar quais os principais processos físicos que afetam o Oceano Antártico”, designadamente o aumento da temperatura, a acidificação e o degelo (artigo no jornal científico Frontiers in Marine Science).

E em outubro, em Paris, a divulgação de um estudo indicava que um grande glaciar no oeste da Antártida perdeu mais de meio quilómetro de espessura em sete anos, derretendo mais rapidamente do que os cientistas pensaram ser possível.

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