Num comunicado, a autoridade policial afirmou que os investigados também são suspeitos de praticar “crimes de ódio relacionados, como postagens de caráter ofensivo contra autoridades públicas federais”.

Polícias federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão, sendo dois no Distrito Federal e quatro em Minas Gerais, com a finalidade de avançar nas investigações que se destinam a apurar a materialidade e a autoria dos crimes praticados. As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal.

Durante as averiguações, os investigadores afirmam ter constatado que os possíveis envolvidos também tinham perfis e postagens na plataforma Discord, participando em grupos que trocavam mensagens de caráter misógino e extremista.

Segundo a imprensa brasileira, mandados de busca no Distrito Federal tiveram como alvo um adolescente, de 17 anos, que não foi identificado.

Outro suspeito, de 25 anos, já tinha sido alvo de buscas na cidade de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais.

No último dia 11, o perfil na rede social X (antigo Twitter) da primeira-dama do Brasil, conhecida como Janja, sofreu um ataque de ‘hackers’ que publicaram, usando a conta dela, várias ofensas machistas e misóginas.

A Secretaria de Comunicação da Presidência do Brasil indicou ter comunicado o ataque à Polícia Federal, que está a investigar o caso, de acordo com uma nota oficial.

A conta de Janja tem 1,2 milhões de seguidores e na noite de segunda-feira começou a partilhar mensagens de cunho machista e sexista, nas quais foram ofendidos a primeira-dama, o marido e Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Militante do Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Lula da Silva, ‘Janja’, nascida em 1966, no Paraná, é socióloga de formação e costuma acompanhar pessoalmente muitos dos eventos públicos do Presidente brasileiro, de 78 anos, com quem se casou em 18 de maio de 2022.