Centenas de polícias alemãs efetuaram na manhã de hoje dezenas de buscas dirigidas a casais que terão forjado casamentos falsos para que os “maridos” obtivessem autorização de residência na União Europeia (UE).

Cerca de 41 apartamentos foram revistados em Berlim, Potsdam, Frankfurt e Görlitz.

Nesta ação policial foram detidos um homem e quatro mulheres, apesar de autoridades referirem ter conhecimento de pelo menos 70 casamentos falsos, referiu a Deutsche Welle (DW) na sua página digital. Foram ainda apreendidos passaportes, autorizações de residência, telemóveis e material informático.

Uma operação semelhante também decorreu em Portugal, referiu a agência noticiosa Associated Press (AP).

O porta-voz da polícia federal alemã, Jens Schobranski, disse que os suspeitos detidos são um homem de 50 anos, duas mulheres nigerianas com 46 e 50 anos, e duas mulheres alemãs com 55 e 64 anos.

De acordo com a investigação, a organização criminosa contactava com homens nigerianos que pretendiam permanecer na UE e garantia mulheres provenientes de Portugal, acrescentou a DW.

Os homens pagavam cerca de 13.000 euros por certificados de casamento falsificados da Nigéria, que eram apresentados às autoridades alemãs e acompanhados por uma elaborada história de amor confirmada pela “mulher” portuguesa.

As mulheres geralmente regressavam a Portugal no espaço de alguns dias.

De acordo com a polícia federal, as buscas destinam-se a determinar se as casas indiciam serem ocupadas por um casal.

As autoridades alemãs estão a cooperar com a Europol para provar que os casamentos são falsificados.

A operação de hoje foi a segunda de grande dimensão desencadeada nos últimos meses pela polícia germânica contra os vistos fraudulentos.

Em junho, a polícia desmantelou uma rede de “falsos pais”, pela qual homens alemães eram pagos para incluírem o seu nome em certificados de nascimento de crianças de imigrantes provenientes do Vietname, diversas regiões de África e do leste europeu.

Os bebés garantiam de imediato cidadania alemã, permitindo que as suas mães requeressem autorizações de residência.

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