Segundo o Ikea, o funcionário visado nas declarações fez "declarações discriminatórias" após a publicação no e-mail interno do grupo de um artigo sobre sua política de tolerância, por ocasião do Dia Mundial contra a Homofobia e a Transfobia, que teve lugar a 17 de maio.

"Do ponto de vista da lei, e acima de tudo de boa educação e bom senso, é inadmissível atacar o funcionário da Ikea que rejeitou a doutrinação LGBT no local de trabalho", escreveram os bispos num comunicado publicado no portal do episcopado da Polónia.

O Ikea afirma que as declarações do seu ex-funcionário poderiam "ofender a dignidade dos membros da comunidade LGBT" (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais), quando a política do grupo "não tolera discriminação e atitudes de exclusão".

O homem, identificado pela imprensa como Tomasz K., citou, nos seus e-mails e declarações, passagens do Antigo Testamento, indicando, por exemplo, que os homossexuais "morrerão sem remédio; o seu sangue cairá sobre eles", uma frase do Livro Levítico.

Os bispos elogiaram Tomasz pela "sua valentia em professar e defender a fé na vida diária", uma atitude "digna de reconhecimento e exemplar".