“Portugal manifesta abertura – quer seja ao nível da ajuda ao financiamento, mas também ao nível técnico, estrutural e de recursos humanos – para ajudar o governo nesse objetivo”, disse Adalberto Campos Fernandes.

O ministro português falava hoje na cidade da Praia, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo cabo-verdiano, Arlindo do Rosário, no segundo de três dias de visita que realiza a Cabo Verde.

Cabo Verde dispõe de um Centro de Hemodialise, no Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, inaugurado em 2014, financiado em 70% pela cooperação portuguesa, que continua a apoiar a estrutura ao abrigo de um protocolo entre os dois países.

“Conhecemos bem a vontade do Governo de Cabo Verde de fazer um novo centro em São Vicente. Estamos a trabalhar, estamos no meio de discussão e de análise, mas a vontade política e muito forte”, sublinhou Campos Fernandes.

Adalberto Campos Fernandes cumpre hoje, na Praia, o segundo dia da sua visita oficial a Cabo Verde depois de segunda-feira ter estado no Mindelo, onde, durante uma visita ao hospital local, presidiu à assinatura de um protocolo tripartido entre os hospitais Batista de Sousa (Mindelo), Agostinho Neto (Praia) e Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN).

O mesmo protocolo será rubricado hoje à tarde durante uma visita do ministro ao Hospital Agostinho Neto.

Durante a manhã de hoje, os dois titulares das pastas da Saúde rubricaram um protocolo na área da formação em medicina geral e familiar e um outro entre o Instituto Ricardo Jorge, de Portugal, e o Instituto Nacional de Saúde Pública, de Cabo Verde, para a cooperação em matéria de doenças transmissíveis por mosquitos.

O ministro da Saúde de Portugal destacou a que esta visita e a assinatura dos protocolos responde à “necessidade de dar consistência e introduzir liderança política” na cooperação entre Portugal e Cabo Verde.

“O protocolo que assinamos abre diferentes áreas de cooperação, reforça as que existem e a nossa determinação é, duas vezes por ano, ao nível político, fazermos o acompanhamento para termos a certeza que, para além de bem, estamos a ir com a velocidade que se impõe para que os resultados sejam cada vez mais efetivos”, disse.

“A nossa vontade é de introduzirmos neste ambiente de cooperação técnica, que tem décadas, uma fortíssima liderança e vontade política para que possamos sistematizar mais e contribuir para que o sistema de saúde de Cabo Verde seja cada vez mais autónomo”, acrescentou.

O ministro da Saúde de Cabo Verde, Arlindo do Rosário, assinalou, por seu lado, que um dos protocolos assinados visa desenvolver a especialização em medicina familiar no âmbito do primeiro curso de medicina implementado no ano letivo 2015/16 em Cabo Verde com o apoio da Universidade de Coimbra.

“Temos necessidade de reforçar a formação pré e pós-graduada, a formação em exercício, permitindo ganhos de competência dos hospitais centrais e, fazendo isso, creio que daremos um contributo importante no sistema nacional de saúde”, disse Arlindo do Rosário.

A cooperação portuguesa na área da saúde remonta ao início da independência de Cabo Verde e traduz-se, entre outros aspetos, no apoio e financiamento às estruturas de saúde, no intercambio de médicos e especialistas, na telemedicina e no envio de doentes para tratamento em Portugal.

Portugal assinou no ano passado um programa global de cooperação de 120 milhões de euros com Cabo Verde para o período 2017-2021, no âmbito do qual se inserem os protocolos agora rubricados na área da saúde.

A visita de Adalberto Campos Fernandes prossegue com visitas a unidades de saúde na ilha de Santiago, participando na quarta-feira na sessão de abertura do Congresso da Ordem dos Médicos Cabo Verde.

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