"Espero e creio, estou convicto, de que o próximo Presidente da República [francesa] seja uma pessoa cuja vinculação e compromisso com a Europa, e com a União Europeia em particular, seja claro. Ao dizer isto, estou a afastar de imediato uma das candidatas", disse o ministro, referindo-se a Marine Le Pen, da Frente Nacional, partido de extrema direita.

Augusto Santos Silva disse que toma esta posição da mesma maneira que saudou "os holandeses por terem derrotado sem nenhuma ambiguidade, nas urnas, o partido holandês que propunha a saída imediata da União Europeia, o encerramento imediato das mesquitas e a eliminação imediata de toda a ajuda pública ao desenvolvimento, propostas que vão ao coração do modelo social e democrático europeu."

"Isso não é porque queira decidir as eleições franceses em vez dos franceses, mas sim porque em cada uma das nossas eleições nacionais há hoje uma dimensão europeia e, evidentemente, espero que não ganhe em nenhuma das eleições que agora se realizem uma força cujo programa, basicamente, é este: acabar depressa com a UE", explicou o ministro.

A primeira volta das eleições presidenciais em França realiza-se em 23 de abril.