A Sociedade Filarmónica Avelarense, a cerca de 100 metros do mercado, passa a ser o local do posto de comando operacional, onde é delineado o plano estratégico de ação contra o incêndio que começou no sábado, em Pedrógão Grande, no norte do distrito de Leiria, e que já provocou 64 mortos e 135 feridos, disse à agência Lusa o comandante operacional da Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto.

A mudança ocorreu durante a noite de hoje, por volta das 02:00, e foi feita porque o espaço da Filarmónica de Avelar apresenta "melhores condições" e "diferenciadas" em relação àquilo que havia junto ao mercado municipal, referiu.

O posto de comando começou por instalar-se em Pedrógão Grande, mas mudou-se na noite de domingo para segunda-feira para Avelar para uma melhor cobertura de rede.

Na cave da Filarmónica, há uma sala de planeamento, outra para o apoio social com elementos da Segurança Social, outra para o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) e ainda uma sala de comunicações, onde serão feitos ‘briefings'.

Já no rés-do-chão, passa a haver uma zona para os jornalistas trabalharem e o auditório vai ser o espaço destinado a conferências de imprensa ou a reuniões com agentes da Proteção Civil ou de outras entidades cooperantes, disse Vítor Vaz Pinto.

O incêndio começou em Pedrógão Grande, no sábado à tarde, e alastrou depois aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e Coimbra, pelo município de Pampilhosa da Serra.

Mais de 100 pessoas asseguram a logística de toda a operação

Mais de 100 pessoas asseguram toda a logística de uma operação que conta com quase 1.100 bombeiros a combater o incêndio que começou no sábado, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.

"São mais de 100 as pessoas na área da logística", disse à agência Lusa o comandante operacional da Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto.

São estas pessoas que asseguram "a manutenção dos veículos, a reparação de avarias, a confeção e distribuição de alimentação e distribuição de combustível", contou.

Além da alimentação, é também assegurada uma máquina de café na zona do posto de comando, bastante concorrida, como se comprova pelo número de cápsulas já utilizadas que se encontram nos caixotes.

Segundo o comandante Vaz Pinto, a Câmara Municipal de Ansião "proporcionou condições excecionais para a logística da operação", garantindo ainda "duas áreas" para os operacionais descansarem.

É no posto de comando instalado em Avelar, no concelho de Ansião, que todo o plano estratégico de ação é desenhado para combater um incêndio que provocou pelo menos 64 mortos e mais de 130 feridos.

Numa sala modesta, na cave da Filarmónica Avelarense, os agentes da Proteção Civil reúnem-se e vão ajustando o dispositivo em função da evolução do incêndio e da sua velocidade.

"Há que garantir que todos os meios estão a desempenhar a sua missão nas melhores condições possíveis e em segurança", disse Vítor Vaz Pinto.

"Se articular mais de mil pessoas não é fácil, articular mais de mil pessoas de diversas organizações, em que cada organização tem a sua própria cultura, mais difícil se torna. Mas temos treino e alguns anos de experiência", sublinhou.

Apesar da complexidade da operação, o comandante Vaz Pinto assegurou que a articulação institucional e operacional "correu e está a correr bem".

O incêndio começou em Pedrógão Grande, no sábado à tarde, e alastrou depois aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.