De acordo com uma informação disponibilizada pela Casa Civil do Presidente da República e confirmada pela Lusa, a exoneração de Joaquim Mande foi feita “a seu pedido”, tendo sido exonerados ainda os inspetores-gerais adjuntos Artur Mário Neínda, Pena Fernandes da Silva e Beatriz Alberto Quitambe Fernandes.
Um despacho assinado por Joaquim Mande, publicado a 15 de setembro último, gerou forte polémica em Angola e não chegou a ser esclarecido publicamente. O documento, então consultado pelo Lusa, publicado 11 dias antes da tomada de posse de João Lourenço como Presidente da República, determinava que ficavam “arquivados todos os processos da atividade inspetiva desenvolvida pela Inspeção Geral da Administração do Estado de 01 de janeiro de 2013 a 30 de agosto de 2017″.
O comissário, da Polícia Nacional de Angola, Sebastião Domingos Gunza ocupava até agora o cargo de diretor-geral adjunto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) angolano, tendo hoje sido exonerado daquelas funções pelo chefe de Estado e nomeado para a Inspeção.
Além do novo Inspetor-Geral da Administração do Estado, o Presidente angolano nomeou, para os cargos de inspetores-gerais adjuntos Beatriz Alberto Quitambe Fernandes, Rosa Luís de Sousa Micolo e Maria Isabel Fernandes Tormenta dos Santos.
Desde que tomou posse, a 26 de setembro, na sequência das eleições gerais angolanas de 23 de agosto, João Lourenço procedeu a exonerações de várias administrações de empresas estatais, dos sectores de diamantes, minerais, petróleos, comunicação social, banca comercial pública e Banco Nacional de Angola, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos.
A exoneração de Isabel do Santos, filha do ex-chefe de Estado, do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol, aconteceu na quarta-feira passada e foi a decisão mais mediática.
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