Segundo uma informação disponibilizada pela Casa Civil do Presidente da República, e confirmada pela agência Lusa, para o cargo de diretor-geral do SME, órgão policial que controla as entradas e saídas do país, o chefe de Estado nomeou o comissário Gil Famoso Sebastião da Silva, anterior comandante da Polícia Nacional na província do Huambo.

João Lourenço nomeou ainda o comissário prisional principal Jorge de Mendonça Pereira, para diretor do Serviço Penitenciário, órgão que tutela as atuais 40 cadeias angolanas, e o comissário bombeiro Bênção Cavila Nyoka, para o cargo de comandante do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros.

Na pasta do Ministério do Interior, tutelada por Ângelo da Veiga Tavares, ao final da manhã foi conhecida a exoneração do comissário-geral Ambrósio de Lemos, comandante-geral da Polícia Nacional de Angola desde 2006, nomeado então pelo chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, e reconduzido nas funções sucessivamente.

Para o cargo de comandante-geral da Polícia Nacional, o novo Presidente angolano nomeou hoje o comissário-geral Alfredo Mingas “Panda”, embaixador de Angola em São Tomé e Príncipe. Num outro despacho, João Lourenço exonerou aquele oficial superior da polícia do cargo de embaixador naquele país africano.

Noutras nomeações, o Presidente angolano nomeou para o cargo de diretor do Gabinete de Informação e Análise do Ministério do Interior o comissário Abel Baptista.

Estas alterações obrigaram ainda a mexidas nos comandos provinciais da Polícia Nacional.

Para o Huambo foi nomeado, como delegado do Ministério do Interior e comandante provincial o comissário Eduardo Fernandes Cerqueira, para a província do Bié o comissário António Vicente Gimbe e para a Lunda Sul o comissário Aristófanes Cardoso Vila dos Santos.

Desde que tomou posse, a 26 de setembro, na sequência das eleições gerais angolanas de 23 de agosto, João Lourenço procedeu a exonerações de várias administrações de empresas estatais dos setores de diamantes, minerais, petróleos, comunicação social, banca comercial pública e Banco Nacional de Angola, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos.

A exoneração de Isabel do Santos, filha do ex-chefe de Estado, do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol foi a decisão mais mediática.