Questionado pela agência Lusa em Luanda, no final de uma visita de dois dias a Angola para a tomada de posse do novo Presidente angolano, o chefe de Estado português confirmou que vai receber os partidos políticos na segunda e na terça-feira, no Palácio de Belém.

"É que eu tenho encontros de tantos em tantos meses com os partidos e depois com os parceiros económicos e sociais. Adiei por causa do período eleitoral, para não se dizer que no mês de setembro - uma vez que o Verão era morto - estava a haver qualquer intervenção que tocasse na campanha eleitoral", explicou Marcelo Rebelo de Sousa.

"Há eleições no dia 01 [de outubro], eu queria ouvir os partidos ainda antes de entrar no parlamento a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018. E, portanto, irei ouvir os partidos na segunda e na terça e depois, dois ou três dias a seguir, irei ouvir todos os parceiros económicos e sociais", acrescentou o chefe de Estado.

Segundo uma nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, estas são "as habituais reuniões com os partidos políticos representados na Assembleia da República" que o chefe de Estado tem promovido com regularidade.

A mesma nota refere que Marcelo Rebelo de Sousa retomará estas reuniões "terminado que estará o período eleitoral e antes da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2018", que deverá ser entregue no parlamento no dia 13 de outubro.

Desde que tomou posse, em 09 de março de 2016, esta é a quinta vez que o Presidente da República convoca os sete partidos com assento parlamentar - PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP, PEV e PAN - sem ser por imposição constitucional.

A última ronda de "contactos regulares com os partidos políticos" realizou-se entre 17 e 18 de abril, sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas do Governo.

Em outubro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa também chamou os partidos com assento parlamentar a Belém, mas mais tarde, já "na sequência da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2017", nos dias 20 e 21.

Na altura, o chefe de Estado afirmou que durante o seu mandato as audiências com os partidos com assento parlamentar são trimestrais e que o Orçamento do Estado era uma boa razão para os convocar.