
Von der Leyen disse que aproveitou o encontro com o chefe de Estado brasileiro para discutir a proposta de paz apresentada pelo presidente ucraniano, Volodymir Zelenski, e a necessidade de toda a comunidade internacional assumir o desafio de contribuir para a busca de um acordo de paz.
“Juntamente com a Ucrânia, queremos uma paz duradoura, abrangente e justa. A comunidade internacional tem que enfrentar esse desafio. Discutimos [com Lula da Silva] a fórmula de Zelenski para a paz porque o Brasil terá um papel importante a desempenhar como presidente do G20 e pode contar com o nosso total apoio”, disse a líder da EU, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Von der Leyen acrescentou que a UE e o Brasil têm de trabalhar juntos para enfrentar os desafios globais, incluindo a guerra da Rússia na Ucrânia, porque o seu impacto é internacional.
“O Brasil sentiu com a dificuldade em obter fertilizantes”, sentiu dificuldades com a inflação e com o aumento dos preços da matéria-prima, referiu, avançando que espera receber o Presidente brasileiro em Bruxelas.
Lula da Silva voltou a reiterar que o Brasil condena a invasão territorial, mas que “não há solução militar para esse conflito”.
“Precisamos de mais diplomacia e menos intervenções armadas na Ucrânia, na Palestina, no Iémen. Os horrores da guerra e o sofrimento que ela provoca não podem ser tratados de forma seletiva”, frisou.
Lula da Silva, que a presidente da Comissão Europeia descreveu como um “grande ator internacional e um importante líder no mundo democrático”, propôs a criação de um grupo de países neutros para tentar aproximar a Rússia e a Ucrânia.
A mediação de Lula da Silva foi inicialmente vista com desconfiança por alguns países europeus, devido às declarações do líder brasileiro que colocavam os países invasores e invadidos em pé de igualdade, mas o governo brasileiro já as atenuou.
Van der Leyen está hoje no Brasil, na sua primeira paragem de uma viagem de quatro dias em que também se reunirá com os presidentes da Argentina, Chile e México.
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