Marcelo Rebelo de Sousa visitou hoje a Web Summit durante cerca de uma hora, acompanhado por Daire Hickey, co-fundador desta conferência tecnológica, pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.

O chefe de Estado começou por fazer um curto discurso em inglês num pequeno palco de um evento paralelo que reúne líderes políticas e de grandes empresas.

Depois, em passo acelerado, rodeado por dezenas de jornalistas, membros do seu gabinete, seguranças e curiosos que o quiseram acompanhar, percorreu o espaço onde se encontram as 'startups', onde conversou com vários jovens empresários portugueses.

A passagem desta comitiva num ambiente já cheio de gente gerou atropelos e confusão. "Quem é que era este?", perguntavam alguns estrangeiros, surpreendidos, enquanto outros aproveitavam para filmar ou tirar 'selfies' com o chefe de Estado português.

No final da visita, os jornalistas pediram-lhe um balanço desta edição da Web Summit, que termina hoje. "Um sucesso espetacular. Estava aqui a felicitar [Daire Hickey], porque em pouco tempo puseram de pé uma realidade para milhares e milhares de pessoas. Para o ano, 80 mil", respondeu o Presidente da República.

"É uma loucura de 'startups', muitas delas portuguesas, cheias de futuro, ou cheias de passado, já. E por outro lado, gente que vem de todo o mundo. Acabou de me vir falar uma pessoa do Cazaquistão. Vêm de pontos os pontos do mundo, são bem recebidos em Portugal e até o tempo está bom", acrescentou.

O Presidente da República defendeu que esta "é uma oportunidade única para pôr o mundo cá e colocar Portugal no mundo". E considerou que envolve "muitos afetos", argumentando que não há nada como a tecnologia para aproximar as pessoas".

Antes, no seu discurso em inglês, Marcelo Rebelo de Sousa deixou "três palavras em menos de três minutos", começando por agradecer a realização da Web Summit em Portugal.

Na presença também do ex-responsável pela pasta da Economia, António Pires de Lima, declarou: "Obrigado, anterior ministro. Obrigado, ministro".

Em segundo lugar, expressou alegria por se poder mostrar que "os portugueses têm a inovação do seu ADN" e desejam "estar na vanguarda da revolução tecnológica".

O Presidente da República comparou o avanço tecnológico a "um ‘tsunami’ civilizado" que "não vai parar".

Contudo, observou: "Não podemos esquecer que a tecnologia é apenas um instrumento para os valores que muitos, muitos milhões de pessoas em todo o mundo são deixados para trás nesta revolução imparável, o que não é bom".

Nesta intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa falou dos descobrimentos marítimos, que fizeram "o mundo mais pequeno e ligado", e afirmou: "Portugal tem sido a nossa casa, mas o mundo tem sido o nosso território".

"Estamos preparados para explorar as novas paisagens tecnológicas com vocês, dando forma ao futuro com a nossa imaginação e o nosso sonho coletivo", concluiu, despedindo-se: "Vemo-nos novamente para o ano".

A Web Summit de Lisboa, que arrancou na segunda-feira e chega hoje ao fim, conta com mais de 53.000 participantes, de 166 países, incluindo 15.000 empresas, 7.000 presidentes executivos e 700 investidores.

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