“É com o coração pesado, mas com um profundo amor por Harvard, que vos comunico que vou abandonar o meu posto de presidente”, escreveu Claudine Gay, em carta divulgada hoje.

Esta professora de ciência política, que se tornou em julho a primeira negra a presidir a Harvard, tem estado debaixo de críticas.

Por um lado, foi acusada por um site conservador de plágio em trabalho universitários, por outro, pelas respostas que deu no Congresso à parlamentar republicana Elise Stefanik, que equiparou os apelos de alguns estudantes a uma “Intifada” a uma incitação a “um genocídio contra os judeus em Israel e no mundo”.

No seu texto, Claudine Gay afirmou: “Foi complicado ver a dúvida pairar sobre os meus compromissos em enfrentar o ódio e respeitar o rigor académico (…) e abominável ser alvo de ataques pessoais e ameaçar alimentadas pelo racismo”.

Mais de 70 congressistas, entre os quais dois democratas, bem como financiadores de renome da instituição, tinham exigido a saída de Gay. A agora ex-presidente de Harvard tinha, contudo, recebido o apoio da comunidade educativa e mantida no cargo em meados de dezembro.