"Não podemos integrar o conselho de um presidente que tolera o preconceito e o terrorismo doméstico", disse Richard Trumka, presidente do AFL-CIO, em um comunicado no qual anunciou sua renúncia imediata do painel.

"Os comentários de hoje do presidente Trump refutam as declarações forçadas de ontem sobre a KKK [Ku Klux Klan] e os neonazis. Nós precisamos de renunciar em nome da classe trabalhadora americana, que rejeita todas as noções de legitimidade destes grupos preconceituosos", acrescentou Trumka, numa alusão às declarações feitas na véspera pelo presidente norte-americano, em que Trump criticou a violência racista.

Horas antes, Donald Trump reagia agressivamente a perguntas de jornalistas sobre a demora da sua reação ao comício de supremacistas brancos no fim de semana - e que terminou num banho de sangue, com um carro a lançar-se sobre um grupo de manifestantes contra a reunião de elementos da extrema-direira norte-americana. Segundo o presidente americano, houve "culpa dos dois lados".