Até agora, Kainerugaba ocupava o cargo de conselheiro presidencial sénior do pai, sendo também responsável pelas operações especiais. Tem participado, além disso, em assuntos diplomáticos, nomeadamente na gestão das relações do Uganda com o vizinho Ruanda.

A promoção ao cargo de chefe das Forças de Defesa reacendeu a especulação sobre a possível sucessão na presidência, tendo em conta os laços familiares com o atual dirigente.

Duas figuras fiéis a Kainerugaba foram nomeadas ministros: a deputada Lilian Aber fica com a pasta das Emergências, Catástrofes e Refugiados e Balaam Barugahara com o Ministério da Juventude e da Infância.

Balaam Barugahara celebrou nas redes sociais a nomeação, que descreveu como um voto de confiança no Movimento MK, grupo político liderado por Kainerugaba e relançado no mês passado como uma organização cívica sob o nome de Liga Patriótica do Uganda (PLU).

“Estendo o meu agradecimento ao meu modelo a seguir e próximo Presidente do Uganda, o general Kainerugaba, por me ter escolhido, formado, orientado, nomeado e confiado em mim para ser o seu adjunto [na região] ocidental”, afirmou.

O filho de Museveni tem causado problemas diplomáticos com publicações nas redes sociais.

Em 2022, ameaçou invadir o Quénia, num ato que levou o Presidente a pedir desculpa às autoridades do país vizinho.

No ano passado, declarou a intenção de se candidatar à presidência nas eleições de 2026, embora tenha posteriormente apagado a publicação.