O museu, situado na província de Gaza, compreende um monumento, exposição de sala de torturas e celas, além de brochuras relatando as atividades de resistência contra o colonialismo dos 75 ex-prisioneiros políticos da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), entre os quais o ex-chefe de Estado moçambicano Armando Guebuza e Josina Machel, a falecida mulher do primeiro Presidente de Moçambique pós-independência, Samora Machel.

"Foi em locais como Mabalane que a PIDE se sofisticou para reprimir as iniciativas libertadoras dos moçambicanos", declarou Nyusi, falando após a inauguração do museu.

O chefe de Estado afirmou que o sofrimento infligido pela PIDE aos ativistas pela independência é um exemplo de que a liberdade exige sacrifício.

Os "75", como é conhecido o grupo, foram detidos em 09 de maio de 1964 pelas autoridades sul-africanas na fronteira entre a África do Sul e o Botsuana e depois recolhidos numa cadeia na capital da Suazilândia, onde foram entregues à PIDE.

Segundo testemunhos dos próprios presos políticos, o objetivo da PIDE era a execução dos ativistas, mas esse plano acabaria por ser abortado depois de a imprensa internacional e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) terem denunciado o caso.

Do grupo dos 75 ex-prisioneiros políticos de Mabalane, apenas 37 continuam vivos.