Conhecida como um reduto democrata, a cidade de Nova Iorque tem sido cenário de várias manifestações anti-Donald Trump desde que o milionário foi eleito Presidente dos Estados Unidos, em novembro passado.

Mas é a primeira vez que uma manifestação foi organizada para apoiar a imprensa, depois de uma semana marcada por novos ataques da Casa Branca contra alguns meios de comunicação de pendor democrata, como o The New York Times, o Los Angeles Times ou o canal de informação CNN.

Na sexta-feira, o jornal nova-iorquino, juntamente com o Los Angeles Times e a estação CNN, entre outros meios de comunicação social, foram impedidos de entrar na conferência de imprensa diária da Casa Branca, depois de o responsável pela imprensa da administração Trump ter restringido o número de jornalistas que podiam estar presentes.

Os manifestantes concentraram-se hoje em frente ao edifício do The New York Times, perto da central Times Square, exibindo cartazes que citavam a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos sobre a liberdade de imprensa. Alguns tinham fita adesiva na boca para simbolizar o silenciamento dos meios de comunicação.

“Sempre que uma pessoa autoritária ou ditadores assumem o controlo, eles sufocam sempre a imprensa, é a primeira coisa que eles fazem”, argumentou Donna Marie Smith, uma professora reformada assinante do The New York Times “há mais de 40 anos”.

“A democracia não pode funcionar sem uma imprensa livre e independente, e é isso que esta administração está a tentar fazer: silenciá-los. Não vamos deixá-los fazer isso”, declarou Betsy Apple, advogada especializada na defesa dos direitos humanos.

No sábado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que vai faltar ao jantar de correspondentes da Casa Branca, rompendo desta forma com uma tradição.

“Não irei ao jantar de correspondentes da Casa Branca este ano. Desejo felicidades a todos e que tenham uma grande noite”, escreveu Trump na rede social Twitter.

O Presidente tem tido uma atitude hostil para com a imprensa, acusando-a de ser “o inimigo do povo” e espalhar “notícias falsas”.

Habitualmente, o jantar conta sempre com o Presidente e com a imprensa acreditada junto da Casa Branca, incluindo os meios que foram barrados na sexta-feira.

Do jantar, marcado para 29 de abril, já iam estar ausentes vários meios de comunicação social, que anunciaram que não iriam em represália pela atitude de Donald Trump.

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