Por razões de segurança, a cerimónia não foi aberta ao público e só foi autorizada a presença de trinta pessoas no local, todas elas com capacete na cabeça, incluindo o arcebispo de Paris Michel Aupetit que celebrou o serviço religioso.

Entre a assistência, encontravam-se diversos responsáveis da catedral, trabalhadores do estaleiro e ainda funcionários da diocese de Paris.

A missa, transmitida pela pela emissora católica KTOTV, realizou-se numa capela da catedral que não foi afetada pelo incêndio. Esta capela da Virgem abrigava a Coroa de espinhos, um dos tesouros da catedral para os católicos.

“Esta data é simbólica. Será a festa da dedicação da catedral, da consagração do altar. É muito importante poder mostrar ao mundo que o papel da catedral é ser uma montra da glória de deus”, disse, esta semana, Patrick Chauvet à Famille Chrétienne.

A catedral, um dos monumentos mais visitados em Paris, considerada uma joia da arquitetura gótica da cidade, tem o início da construção datado de 1163, e o começo da função religiosa em 1182. O seu interior foi devastado pelo incêndio de 15 de abril, mas, segundo as autoridades, os vitrais foram salvos, mas ainda está a ser feito um levantamento exaustivo dos danos aos quadros e aos órgãos.

O Governo indicou, na altura, que as relíquias do tesouro, nomeadamente a coroa de espinhos que os cristãos acreditam ter sido usada por Jesus Cristo na crucificação, e a túnica de São Luís, foram resgatadas.

Em maio, no parlamento francês, o ministro da Cultura, Franck Riester, disse que a reconstrução das partes destruídas da catedral de Notre-Dame, não será feita "apressadamente".

O Presidente francês, Emmanuel Macron, fixou um prazo de cinco anos para concluir a recuperação da catedral, período considerado admissível, de acordo com diversos peritos, mas demasiado curto segundo outros, em particular devido ao atraso nas avaliações globais.

* Com Agências