A secretária-geral adjunta do PS afirmou hoje que o XX Congresso do PCP revelou o clima de "tranquilidade e paz social" do país, mas demarcou-se dos comunistas ao rejeitar em absoluto uma saída de Portugal do euro.

"Creio que este congresso revelou aquilo a que temos assistido no país nos últimos tempos: Tranquilidade, paz social e convergência naquilo que é essencial. O PCP soube responder ao repto do PS para encontrar uma solução de Governo e tem apoiado essa solução de Governo em nome do princípio maior da melhoria das condições de vida dos portugueses", declarou Ana Catarina Mendes.

Logo a seguir a esta nota de convergência, a secretária-geral adjunta do PS demarcou-se de uma das conclusões mais importantes deste congresso do PCP, em que foi reafirmada a defesa da saída do euro.

"No PS, continuamos a acreditar no projeto europeu - um projeto de partilha entre os povos e os Estados na Europa. Para o PS, não está em cima da mesa nem a saída do euro, nem a saída do projeto europeu. Continuamos a defender a necessidade do reforço da Europa", vincou a secretária-geral adjunta do PS.

CGD: "o essencial é cumprir planos de reestruturação e negócios já aprovados"

Questionada pelos jornalistas sobre as críticas dos comunistas ao elenco escolhido para a nova administração da Caixa Geral de Depósitos e ao nível de salários que será mantido, a secretária-geral adjunta do PS optou por sublinhar que "a CGD é um banco essencial para a estabilidade e reforço do sistema bancário português", sendo mesmo "o garante das poupanças das famílias e o garante da redinamização da economia portuguesa".

Ana Catarina Mendes considerou ainda que a questão essencial que se coloca à nova administração é cumprir os planos de recapitalização e de negócios já aprovados que "são essenciais para garantir que se cumpram os objetivos da CGD enquanto banco público português".