Na comissão parlamentar de Saúde, o deputado social-democrata Miguel Santos disse que o défice de 200 milhões de euros do SNS no final de 2016 só foi alcançado "porque as Finanças entregaram um cheque bónus" que cobria esse valor.

"Estamos a aproximar-nos perigosamente de um descontrolo das contas do SNS", frisou o deputado, questionando o ministro da Saúde sobre se já terá falado com o colega das Finanças para acautelar o défice deste ano.

O ministro Adalberto Campos Fernandes insistiu que 2016 terminou com "o melhor défice de sempre do SNS" e lembrou o PSD que quando esteve nos anteriores Governos elaborou oito orçamentos retificativos.

O CDS, pela voz da deputada Isabel Galriça Neto, frisou que o panorama que tem sido traçado pelas organizações médicas mostra que "a austeridade não acabou", apontando como exemplo o aumento da emigração de médicos em 2016 comparativamente a 2015 e a 2014.

Já o Bloco de Esquerda considerou que o SNS continua subfinanciado, embora admita que esteja melhor do que há quatro anos, insistindo que é necessário um reforço de orçamento.