Uma das listas ao Conselho Nacional, órgão máximo do partido entre Congressos, será encabeçada pelo líder da distrital de Setúbal, Bruno Vitorino, que foi decidida e preparada hoje à tarde, com a colaboração de outros seis distritos e da região autónoma dos Açores, na sequência do que consideraram ser a “falta de representatividade” de algumas distritais nos órgãos do partido.

“Tem de haver uma lógica de representatividade em termos de área geográfica, tem de haver homens e mulheres, a representatividade é uma garantia de pluralismo”, defendeu Bruno Vitorino, em declarações à Lusa.

O líder da distrital de Setúbal, que não apoiou qualquer dos candidatos às diretas, manifestou estranheza pela forma como foram construídas as listas – houve um acordo entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes, respeitando os resultados eleitorais, para todos os órgãos nacionais, à exceção da Comissão Política Nacional.

“Após as eleições, houve uma continuidade dessa eleição, nunca tinha visto nada assim”, lamentou, considerando que “é uma estranha forma de unir o partido”.

Além de Setúbal, esta lista teve a colaboração dos distritos de Santarém, Lisboa, Porto, Braga, Guarda e Leiria e da região autónoma dos Açores.

“Cada distrito tem problemas próprios, faz sentido que haja uma representação territorial para que os órgãos nacionais reflitam as especificidades de cada região”, explicou.

A lista, acrescentou, foi decidida e elaborada hoje à tarde “em tempo recorde” e tem “como objetivo de ajudar o líder do partido”.

“Unanimidade não é unanimismo, não é ausência de representatividade”, sublinhou.

Além desta lista e da de unidade, encabeçada por Pedro Santana Lopes, a Lusa confirmou que o ex-presidente da distrital de Setúbal Luís Rodrigues liderará, como habitualmente, uma lista ao Conselho Nacional, o mesmo acontecendo com Carlos Reis, ex-presidente da Câmara de Barcelos, Joaquim Biancard da Cruz, ex-candidato à Câmara de Sobral de Monte Agraço, e João Costa, que foi candidato à concelhia de Leiria.

Ao Conselho Nacional de Jurisdição, concorreram quatro listas, sendo a de “unidade” encabeçada pelo ex-chefe da Casa Civil de Cavaco Silva, Nunes Liberato.

Há dois anos, no Congresso de Espinho, concorreram exatamente o mesmo número de listas aos dois órgãos: oito ao Conselho Nacional e quatro à Jurisdição.

Em 2016, a lista de Pedro Passos Coelho ao Conselho Nacional do PSD, encabeçada por Marques Guedes, conseguiu eleger 33 dos 70 lugares deste órgão, quase o dobro do alcançado em 2014 (quando teve como primeiro nome Miguel Relvas e apenas conseguiu eleger 18 conselheiros).

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