
“A Distrital do Porto do PSD está solidária com o presidente da Câmara da Maia, porque entende que o processo é absurdo e injusto. O Sr. Presidente da câmara não fez nada que prejudicasse a câmara, o município, ou os cidadãos e, portanto, nesse sentido estamos certos de que o processo ainda será revertido”, afirmou o presidente da Distrital, Alberto Machado, em declarações à Lusa.
O social-democrata acredita que o recurso interposto por Silva Tiago irá acabar por lhe dar razão, corrigindo uma decisão “injusta” que condena à perda de mandato alguém que, no seu entender, “não merece” e que “está inocente”, apenas “por uma questão meramente formal” e que “nada tem a ver com a substância de qualquer ilicitude”.
“Nós acreditamos que esse recurso acabará por lhe dar razão, até porque a própria Autoridade Tributária já tem vindo, de certa forma, a colocar em causa a própria decisão que teve”, defendeu.
O Tribunal Central Administrativo Norte (TCAN) confirmou a perda de mandato do presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, e de um vereador eleito pela mesma coligação, avançou hoje à Lusa um dos advogados do processo.
Esta decisão confirma aquela proferida, em abril, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto.
Em causa está um processo movido pelo partido Juntos pelo Povo (JPP), que critica a assunção pela autarquia de uma dívida de 1,4 milhões de euros, que o Fisco imputara ao presidente da câmara, Silva Tiago, ao seu antecessor e atual presidente da Assembleia Municipal, Bragança Fernandes, bem como ao vereador Mário Neves, enquanto ex-administradores da extinta empresa municipal TECMAIA.
A decisão da primeira instância não abrange o ex-presidente da câmara e atual presidente da Assembleia Municipal da Maia, Bragança Fernandes.
Na ação, o JPP pediu também a dissolução da câmara e da assembleia municipal, com a consequente convocação de eleições autárquicas intercalares.
Em comunicado, António Silva Tiago, afirma que este “é um processo kafkiano” e que a decisão do TCAN hoje conhecida é “absolutamente injusta e desproporcionada”, pelo que autarca e vereador vão recorrer da decisão.
Silva Tiago (PSD/CDS-PP) e o vereador Mário Nuno Neves referem que “não fizeram nada de mal, nada que prejudicasse a câmara, o município ou os munícipes, nada de ilegal, nada que os tenha beneficiado de alguma forma”.
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