As participações foram feitas nos dias 21 e 22 de setembro, na esquadra da PSP de Valbom, pelas mães de um menino e de uma menina que estiveram naquele estabelecimento que reúne ATL e infantário, acrescentou a fonte.

O facto de as denúncias só agora ocorrerem, explicou a fonte, deve-se ao facto de uma das” mães ter encontrado uma ex-funcionária da instituição e esta lhes ter dado conta dos maus-tratos”, sendo que as “marcas no corpo das crianças coincidem com o período em que a ex-funcionária disse terem ocorrido os maus-tratos”, relatou ainda a fonte da Polícia.

O assunto, revelou, seguiu para o Ministério Público.

Da parte da instituição, o responsável pelos recursos humanos, Luís Lourenço, afirmou que teve conhecimento das duas denúncias na semana passada através da patrulha da PSP que se deslocou à instituição.

Do que ficou a saber na altura, negou as acusações de maus-tratos que consta das denúncias feitas, afirmando que “não é política do infantário que as crianças fiquem sozinhas no corredor”.

“Nenhuma criança nesta instituição é sujeita a bofetadas, insultos ou castigos, pois está não é forma de educar”, prossegue o responsável em resposta ao avançado pelas mães na esquadra da Polícia, reiterando ser “impossível o arremesso [das crianças] para os berços, uma vez que estes não existem”.

E prosseguiu: “o que existem são colchões nos quais as crianças podem descansar tranquilamente, sem qualquer risco de queda ou entalamento do corpo”.

Luís Lourenço assinalou ainda que a creche está em obras, “exigidas pela Direção Geral de Educação, mas o espaço para as crianças está convenientemente resguardado”.

“Já falámos com as pessoas acusadas, elas negam e estamos a tomar as nossas medidas”, disse.