“Na agenda do encontro, figuram o reforço do papel coordenador da ONU nos assuntos internacionais e o aumento da eficácia do trabalho da organização, em particular, na luta contra o terrorismo”, afirmou o Kremlin em comunicado, citado pela agência Efe.

Putin e Guterres abordarão ainda “a solução para crises como a da Síria e da Ucrânia”, acrescenta-se na nota.

Putin, que regressou em 2015 às Nações Unidas depois de dez anos de ausência, para propor uma frente internacional ampla contra o terrorismo, defendeu sempre o papel da ONU na solução dos conflitos.

Recentemente, a Rússia rejeitou a proposta de eliminar o direito de veto no Conselho de Segurança em casos como o dos crimes de guerra na Síria, por considerar que é um instrumento que garante “o equilíbrio de forças” e impede “a hegemonia de apenas um país”.

Guterres, que assumirá o cargo no próximo dia 01 de janeiro, irá reunir-se ainda com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, também antigo embaixador russo junto das Nações Unidas.

“Será dada prioridade à difícil situação internacional e à solução das graves crises regionais, a mais importante das quais é a síria”, indicou o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Gennadi Gatilov, também citado pela Efe.

A Rússia, que qualificou a eleição do antigo primeiro-ministro português como possivelmente a melhor decisão do Conselho de Segurança nos últimos cinco anos, espera ouvir de Guterres a sua visão sobre o futuro do ONU e os seus planos para aumentar a eficácia da organização.

“Temos grandes esperanças de que Guterres se comporte no cargo como político maduro e capaz de ter em conta os interesses dos principais grupos e países membros”, acrescentou Gatilov.

O governante russo admitiu que “não é uma tarefa fácil”, mas é nisso que, precisamente, assenta o trabalho do secretário-geral, “em encontrar um denominador comum entre as posições dos diferentes países”, disse.

Gtilov recordou que Guterres tem já experiência de gestão e demonstrou uma “postura equilibrada” no seu mandato à frente de organizações como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR).

Apesar de ter apoiado abertamente para o cargo a búlgara Irina Bokova, diretora da Unesco, Moscovo viu com bons olhos a eleição de Guterres, que viajará na próxima semana para a China, outro dos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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