Em declarações à Lusa, Anabela Santiago, engenheira de Saúde Ambiental da DGS, o que foi transmitido pelos técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) indica que as estações de medição da qualidade do ar não ultrapassaram os valores de referência.

“Aquilo que me foi transmitido é que, de acordo com a informação registada nas estações ali à volta e as estações que medem o SO2, o dióxido de enxofre, os valores registados não ultrapassam os valores de referência”, afirmou Anabela Santiago.

A nuvem de fumo provocada pelo incêndio, que entretanto já começou a dissipar-se, levou a proteção civil a aconselhar as populações das freguesias de Praias do Sado e Faralhão e, mais tarde, da freguesia de Gambia, Pontes e Alto da Guerra a ficarem em casa.

Questionada sobre se não haveria perigo algum para aquelas populações, assim como para as restantes naquela área, a responsável da DGS respondeu: “Está a ser monitorizado, quer a APA quer a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional estão a acompanhar a situação e aquilo que está a ser registado, de momento, não excede [os valores de referência]”.

“A proteção civil também já transmitiu as instruções à população ali à volta, se sentirem picadas nos olhos ou irritação da garganta para contactarem com as autoridades de saúde”, acrescentou.

O incêndio que deflagrou hoje, às 03:00, num armazém da Sapec Agro, em Mitrena, Setúbal, foi controlado, mas as operações de rescaldo deverão prolongar-se por vários dias, segundo o coordenador da Proteção Civil Municipal de Setúbal.

José Luís Bucho acrescentou que “ainda não foi possível entrar dentro de um dos armazéns, que tem uma estrutura em ferro que ameaça ruir e que só depois de haver condições de segurança é que se podem iniciar aí as operações de rescaldo".

"Durante o combate ao incêndio, cinco bombeiros sofreram queimaduras ligeiras, mas nenhum caso inspira cuidados", adiantou.