De acordo com a agência ucraniana, 79,2% das pessoas que deixaram a Ucrânia planeiam regressar ao país, contra 9,9% que não consideram essa possibilidade e cerca de 10% de indecisos.

Segundo estimativas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), desde 24 de fevereiro, quando começou a invasão pelas tropas russas, e até ao início de abril, 4,17 milhões de pessoas tinham deixado a Ucrânia.

A maioria destes refugiados partiu através da Polónia, país que recebeu 2,42 milhões de pessoas, seguida da Roménia, com 635.000, a Hungria, com 380.000, e Eslováquia, com 300.000.

Pelo menos 310.000 chegaram à Alemanha, segundo o Ministério do Interior deste país, que avisa, no entanto, que se trata de uma estimativa, uma vez que estas pessoas assim que entram em território da União Europeia têm liberdade de circulação e não são obrigadas a registar-se.

Os dados da Agência das Nações Unidas indicam ainda que 350.000 pessoas partiram da Ucrânia para a Rússia e outras 12.000 para a Bielorrússia.

A estes refugiados fora das fronteiras da Ucrânia juntam-se 6,5 milhões de deslocados internos, o que significa que 11 dos 44 milhões de habitantes que o país tinha antes do início da invasão deixaram as suas casas, fazendo desta a maior crise migratória desde a II Guerra Mundial

Nos últimos dias tem havido uma diminuição destas deslocações. Nas primeiras semanas após a invasão cerca de 100.000 pessoas deixaram o país diariamente, enquanto agora esse número baixou para 50.000, de acordo com a ACNUR.