“A crescente insegurança, violência, deslocação das populações e o desenrolar da crise humanitária são prejudiciais à paz e estabilidade no Sudão do Sul e na região da África Oriental como um todo”, afirmou Ruto, através de um comunicado divulgado hoje.

“Lamentavelmente, as divisões políticas crescentes estão a minar qualquer esperança de retoma da implementação do Acordo Renovado sobre Resolução de Conflitos na República do Sudão do Sul”, assinado em 2018, acrescentou o chefe de Estado queniano.

Ruto divulgou estas afirmações após uma conversa telefónica com o Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, a quem instou “a facilitar a entrega de ajuda humanitária às comunidades afetadas”.

Segundo o Presidente queniano, “as mulheres e as crianças são as mais afetadas pelas hostilidades nos estados sul-sudaneses do Alto Nilo e Jonglei (norte) e necessitam desesperadamente de comida, água, abrigo e cuidados e fornecimentos médicos”.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) advertiu no início de dezembro que, pelo menos, 20.000 pessoas fugiram do estado do Alto Nilo desde agosto.

O Sudão do Sul é palco de um conflito armado desde dezembro de 2013, dois anos após a independência do Sudão, e desde então, apesar da assinatura de um acordo de paz em 2018, que ainda está a ser implementado, a violência nunca foi verdadeiramente interrompida, resultando num balanço de dezenas de milhares de mortos e milhões de pessoas deslocadas, de acordo com as Nações Unidas.