O diretor-executivo da NPR, John Lansing, disse que a decisão do Twitter é "inaceitável" e que a conta da rádio permaneceu silenciada desde então.

No início desta semana, o Twitter classificou a National Public Radio, com sede em Washignton, como um "meio afiliado ao Estado", qualificando o respeitável meio de comunicação da mesma forma que as plataformas chinesas e russas de propriedade do governo.

Na sua biografia atualizada no Twitter, a conta principal da NPR, que tem mais de 8,8 milhões de seguidores e programação para uma rede de mais de mil estações de rádio em todo o país, convidou os utilizadores a encontrarem-se "em qualquer outro lugar onde leiam as notícias".

"Deixamos de twittar na conta principal da @NPR depois de nos terem colocado essa etiqueta falsa, porque cada tweet que publicamos passaria a mostrá-la", disse Isabel Lara, porta-voz da NPR.

Outras contas administradas pela NPR, como as suas contas temáticas sobre música e política, não tinham a especificação de "afiliação estatal", e continuaram a publicar os seus respectivos tweets.

A decisão de Elon Musk — dono da empresa de carros elétricos Tesla e da aeroespacial SpaceX — contra a NPR ocorreu poucos dias depois do Twitter ter tirado o selo de verificação do "The New York Times", que, assim como a cadeia de rádio, é acusado frequentemente de ter um viés de esquerda, particularmente pelos conservadores americanos.