O diretor do YSK, Sadi Guven, confirmou a legitimidade do referendo pouco após o Presidente Recep Tayyip Erdogan ter clamado vitória, com base em resultados não oficiais.
Em conferência de imprensa, Sadi Güven afirmou que o 'sim' ficou à frente do 'não' por cerca de 1,25 milhões votos, com apenas 600.000 votos restantes por apurar, acrescentando que o resultado final será anunciado "daqui a 11 ou 12 dias".
Previamente, o chefe do principal partido da oposição ao Presidente turco Recep Tayyip Erdogan tinha considerado que a alteração à última hora das regras eleitorais colocava em causa a legitimidade do referendo impulsionado pelo chefe de Estado turco, e destinado ao reforço dos poderes presidenciais.
Ao denunciar a decisão do YSK de validar os boletins de voto não assinalados com o selo oficial das assembleias de voto, Kemal Kiliçdaroglu, líder do Partido Republicado no Povo (CHP, social-democrata), declarou que as autoridades colocaram em causa “a legitimidade do referendo” e “lançaram uma sombra sobre a decisão da nação”.
O partido da oposição pró-curda e de esquerda, que também se opôs às alterações constitucionais, disse por sua vez que pretende contestar 2/3 dos votos expressos.
Na sua conta ‘twitter’, o Partido Democrático dos Povos (HDP) refere que os dados na sua posse “apontam uma manipulação numa escala de 3 a 4%”.
Cerca de 57 milhões de eleitores decidiram hoje sobre a aprovação ou rejeição das reformas constitucionais destinadas a substituir o sistema parlamentar – a base em que assenta uma instável democracia secular – por um regime presidencialista, eliminando o cargo de primeiro-ministro e transferindo os seus poderes para o chefe de Estado.
De acordo com os números não oficiais, o voto “sim” liderava com 51,37% quando estavam contados mais de 99% dos votos por cento dos votos, garantindo a vitória a Erdogan.
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