Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, concelho ao qual a ria de Alvor pertence, reagiu assim ao anúncio do lançamento do concurso para este investimento de 2,3 milhões de euros na Ria de Alvor, feito na sexta-feira pelo Ministério do Ambiente e cujos trabalhos terão início em 2018, com um prazo de execução de seis meses.
“Era uma intervenção desejada há muito tempo. Aliás, são duas intervenções em simultâneo, porque o mais importante é essa dragagem [dos canais] da ria de Alvor e da barra, que vai facilitar imenso o acesso dos pescadores ao cais”, disse a autarca à agência Lusa.
Isilda Gomes referia-se aos trabalhos de dragagem dos canais e da barra da ria de Alvor, cujos inertes recolhidos irão depois servir para fazer a “alimentação artificial e reforço do cordão dunar da praia de Alvor nascente”, segundo os dados revelados pelo Ministério do Ambiente no comunicado em que fez o anúncio do lançamento do concurso.
A presidente da Câmara algarvia, uma das 16 do distrito de Faro, considerou que os canais e a barra da ria de Alvor estavam “de tal forma assoreados que representavam um problema para a navegação e, sobretudo, para a saída dos pescadores” durante a baixa-mar.
“Com essa areia [retirada das dragagens], aproveita-se e reforça-se o cordão dunar, repõe-se a areia nas praias até à praia dos Três Irmãos e isso vai facilitar a vida a quem todos os anos trabalha naquele local e todos os anos vê a areia ser levada pelo mar”, precisou.
Estas intervenções vão dar, segundo a autarca, “uma maior garantia de segurança e, por outro lado, a garantia de que há areia o ano inteiro e as pessoas não vão ficar aflitas a ver a areia a ser levada” pela erosão causada pelo mar.
A mesma fonte disse que esta era uma intervenção pedida ao Governo desde que assumiu o cargo de presidente da Câmara de Portimão, em 2013, mas só agora foi atendida e vai também melhorar as condições de segurança para as embarcações turísticas.
“Não é só para os barcos de pescadores, mas também para os barcos de turismo que querem ir a Alvor e tinham dificuldade para o fazer. Finalmente cumpriu-se aquilo que era um desejo de há muitos anos e uma exigência sobretudo dos pescadores de Alvor, que merecem esta disponibilidade do Governo para fazer estas obras”, considerou ainda a autarca.
O Ministério explicou que a empreitada “tem por objetivo reforçar o cordão dunar, por forma a assegurar a defesa natural contra episódios erosivos que, periodicamente, atingem a praia, e proporcionar o alargamento do areal ao longo de um troço com uma frente de mar de mil metros”.
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