O requerimento apresentado pelo PS mereceu unanimidade por parte das restantes bancadas, sendo o diploma agora enviado para a Comissão de Saúde.
Na quarta-feira, durante a discussão em plenário do diploma, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, explicou que a proposta que define as condições da colheita, armazenamento e destruição de células e tecidos de origem humana vai preencher “uma lacuna” no regime jurídico da atividade científica em Portugal.
“Este projeto de lei trata-se, sobretudo, de cobrir uma lacuna no regime jurídico da atividade científica em Portugal com células humanas”, disse Manuel Heitor, sublinhando que “é um processo que tem sido discutido com a comunidade científica pelo menos nos últimos dez anos”.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explicou ainda que há “três questões críticas” introduzidas no regime jurídico: primeiro, os critérios para a colheita de células humanas, incluindo células estaminais embrionárias, segundo, os termos para o armazenamento em banco de células e de tecidos, e, terceiro, a disponibilização de um sistema de informação de forma a garantir disponibilização desta informação como um bem público.
A proposta contou com pareceres do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, a Comissão Nacional de Proteção de Dados, a Ordem dos Médicos e a Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular.
Comentários