“Direi algo amargo: a situação hoje é muito pior que em 1962”, defendeu Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo, que acredita estar a ser travada “uma guerra em toda a linha contra a Rússia”, com armamento norte-americano e a participação de “forças especiais e conselheiros norte-americanos”, noticiou a agência de notícias russa TASS.

De acordo com o dirigente russo, as potências ocidentais, lideradas por Washington, estão a tentar levar a cabo “intervenções geopolíticas” contra a Rússia.

“Primeiro na Geórgia, depois na Ucrânia, estamos a observar tentativas semelhantes na Moldova e nos países da Ásia Central”, indicou o ex-presidente russo.

“Felizmente, as autoridades dos Estados da Ásia Central mostram contenção e sabedoria, entendem tudo perfeitamente e, com bastante visão de futuro, não querem seguir o exemplo dos renegados corruptos que se alimentam de bolos podres da mão suja do Departamento de Estado” norte-americano, observou.

Embora Medvedev considere que “o Leste é um assunto delicado”, elogiou o facto de os países da região “não quebrarem nem cederem sob a mais forte pressão do Ocidente” e se concentrarem em consolidar as relações com “a grande Eurásia”, em vez de com uma “Europa dependente”.