“Foi remetido à parte moldava um forte protesto contra a constante perseguição por motivos políticos dos ‘media’ de língua russa na Moldova”, indicou o ministério em comunicado.

O texto refere-se designadamente à expulsão pela Moldova em 13 de setembro de Vitali Denissov, responsável pela delegação na Moldávia da Sputnik, que foi acusado por Chisinau de “desinformação e de propaganda”.

Numa resposta a esta decisão, a Rússia decidiu proibir a entrada no seu território de “um certo número de pessoas diretamente implicadas na restrição da liberdade de expressão e os direitos dos jornalistas russos na Moldova, e ainda na promoção dos sentimentos antirrussos”, segundo o ministério.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a Presidente pró-europeia, Maia Sandu, invetiva com regularidade as ingerências no pequeno país do leste, que na sua perspetiva são orquestradas por Moscovo.

A ex-república soviética de 2,6 milhões de habitantes, situada entre a Roménia e a Ucrânia e com uma região secessionista pró-russa a leste (Transnístria), foi contemplada em 2022 com o estatuto de candidato oficial à União Europeia (UE).

Acusados de serem instrumentos de “desinformação” do Kremlin, os ‘media’ Sputnik e RT estão proibidos da difusão na UE desde março de 2022, na televisão e em certos casos na internet, na sequência de um acordo dos 27 pouco após o início do conflito.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.