O Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, disse no sábado que esperava que a troca de prisioneiros se concretizasse hoje.

Horas antes, a medidadora da autoproclamada república popular de Donetsk, Daria Morózova, tinha anunciado em comunicado que "Kiev e Donbas concordaram que a data da troca de prisioneiros (…) será domingo, 29 de dezembro, antes do Ano Novo, conforme acordado pelos líderes do 'Quarteto da Normandia'".

Daria Morózova explicou que os separatistas entregarão a Kiev 55 prisioneiros, enquanto a parte ucraniana deve libertar 87 pessoas, embora ainda não dispusesse de uma confirmação deste segundo número.

A representante ucraniana Valeria Lutkovskaya avançou há alguns dias que entre os soldados ucranianos libertados estarão os presos nas batalhas de Ilováisk e Debáltsevo, de agosto de 2014 e janeiro de 2015, as mais sangrentas deste conflito armado, que fez mais de 13.000 vítimas mortais, segundo a ONU.

De acordo com a imprensa, a troca dos prisioneiros terá lugar no posto de controlo de Mayorsk, que liga a área de Donetsk, controlada pelos separatistas, com o território sob o controlo do Exército ucraniano.

O último intercâmbio entre as duas partes ocorreu em dezembro de 2017, e foi considerado o maior desde que o conflito rebentou em 2014.

Esta questão foi tratada em numerosas ocasiões nas negociações em Minsk, capital da Bielorrússia, mas não foi desbloqueada até à recente cimeira de Paris, onde foi também foi acordado replicar as tropas de ambos os lados em três outros locais da linha de separação de forças na região ucraniana de Donbas, onde separatistas pró-russos enfrentam as tropas de Kiev.

Na cimeira de Paris participaram os presidentes russos, Vladimir Putin, e ucraniano, Vladimir Zelenski, que se encontraram pela primeira vez, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.