Pedro Sánchez encontra-se hoje em Tenerife - onde, até ao momento, os incêndios destruíram mais de 13.383 hectares – e transmitiu esta decisão às autoridades locais, nomeadamente ao presidente do governo das Ilhas Canárias, Fernando Clavijo, e à responsável pela administração da ilha de Tenerife, Rosa Dávila.

Sánchez garantiu que o Governo “vai envolver-se” nos trabalhos de reconstrução das áreas atingidas e na ajuda às pessoas afetadas pelo incêndio, como já está a fazer neste momento de maneira “total, contundente, absoluta” durante os trabalhos de extinção dos incêndios.

“Está a acontecer neste momento e acontecerá quando acabar, na recuperação e reconstrução de tudo o que o incêndio devastou”, sublinhou.

O primeiro-ministro referiu que “toda a Espanha está com as Ilhas Canárias e com Tenerife” e também expressou palavras de solidariedade para com as pessoas que tiveram de abandonar as suas casas.

O chefe de Governo espanhol exaltou o comportamento exemplar e o compromisso cívico dos cidadãos, que considerou especialmente relevante perante incêndios que mostram um “poder catastrófico”.

O reconhecimento deste comportamento exemplar, segundo Sánchez, está a ser alargado à “cooperação e coordenação” entre as administrações, bem como ao grupo de “servidores públicos” envolvidos nos trabalhos de extinção, tendo em conta os incêndios “devastadores” noutras zonas do mundo que estão a provocar mortes e perdas do património natural.

“Felizmente, [mortes em Tenerife] não aconteceram e esperamos que não aconteça”, referiu o governante espanhol, dizendo ainda estar confiante que o fogo poderá ser controlado e extinto em breve, mas antecipando que “as próximas horas vão ser muito importantes”.

Pedro Sánchez sublinhou o caráter público do sistema de proteção civil em Espanha, que “deve ser reconhecido e apoiado”, e o trabalho desenvolvido pelos meios de comunicação, atendendo à necessidade de os cidadãos terem “informação fiável e verdadeira sobre o que está a acontecer, sobre a evolução do incêndio”, para “evitar boatos, desinformação, que causem angústia”.

Rosa Dávila agradeceu a “máxima colaboração” e todos os meios deslocados pelo Governo das Canárias e pelo Governo central espanhol para combater as chamas.

A governante admitiu que, sem a presença de “meios pesados” como os hidroaviões e o helicóptero Kamov, “teria sido impossível chegar a zonas tão íngremes”, inacessíveis às brigadas de combate aos fogos.

O Presidente das Canárias, Fernando Clavijo, agradeceu “a atenção, apoio e coordenação” com o Executivo central.

“É em momentos de dificuldade que as instituições e os cidadãos dão o melhor de si”, declarou Clavijo, que também valorizou o comportamento “exemplar” dos habitantes de Tenerife e de todas as Canárias, que juntamente com a coordenação entre administrações e o trabalho dos meios de extinção permitiram dar “uma resposta contundente e eficaz a esta catástrofe”.