"Há muita maneira de gerir a coisa pública, de governar, que precisa de ser reinventada e é isso que eu quero fazer, é para isso que me candidatei, não me candidatei para gerir o que existe", disse Pedro Santana Lopes aos jornalistas, à margem de uma sessão de esclarecimento da sua candidatura.
Em declarações precisamente 20 anos depois do dia em que venceu as eleições autárquicas na Figueira da Foz e no mesmo hotel onde celebrou a vitória em 1997, o antigo autarca e ex-primeiro-ministro lembrou essa "memória impressiva": "Como calcula, 20 anos são 20 anos, há muitas músicas e letras sobre os 20 anos", frisou Santana Lopes, lembrando uma campanha "extraordinária" e uma experiência "fantástica".
Recordou que na altura, antes da campanha eleitoral, conhecia "muito pouco" da cidade e que, depois de estudar o concelho e o trabalhar, imprimiu uma gestão autárquica "contra corrente", a mesma que agora admite definir a sua candidatura e querer para o país.
"Será contra corrente em relação a um certo pensamento dominante, uma certa ortodoxia. Que, por exemplo, em matéria de política financeira, se preocupa mais com a consolidação orçamental, olhando só para o lado do controlo da despesa e não tanto com a expansão da receita, com a criação de riqueza", declarou.
Santana Lopes considerou que "é contra corrente uma certa estagnação de pensamento, de um centralismo bacoco em Lisboa que não olha para a generalidade do território", referiu.
"E talvez também seja contra corrente por eu puxar muito pelas políticas sociais, área que conheço bem, que são temas quase ausentes da agenda política, infelizmente", acrescentou Santana Lopes.
O candidato à liderança do PSD defendeu a importância da inovação e da investigação e a necessidade de Portugal "puxar" para o seu território empresas, investigadores e pessoas "que possam trazer valor acrescentado".
"Quero que Portugal seja a nova Finlândia, a Finlândia que já foi o símbolo da inovação e da investigação", disse Santana Lopes.
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