“Este foi um ano particularmente significativo, sobretudo em termos de recuperação da afluência de peregrinos ao santuário”, frisou.

Carlos Cabecinhas, que falava aos jornalistas no âmbito da última grande peregrinação do ano à Cova da Iria, contou que, no ano passado, o santuário notou “uma recuperação enorme em relação aos tempos da pandemia (de covid-19)”, mas que ficou “ainda aquém daquilo que eram os números de 2019”.

Este ano, entre maio e a passada terça-feira, a afluência foi “de cerca de 4,4 milhões de peregrinos”, um número que ainda não atinge o verificado em 2019, acrescentou.

O reitor sublinhou que houve também uma recuperação dos grupos de peregrinos estrangeiros significativa, com 3.107 grupos de 95 países (incluindo Portugal).

“Houve 1.417 grupos da Europa e 295 grupos da Ásia”, sendo que, dos 16 países da Ásia, “o mais significativo” foi a Coreia do Sul.

Segundo o responsável, “antes da pandemia, a Coreia tinha grupos praticamente todas as semanas” em Fátima, que “desapareceram completamente durante o tempo da pandemia”.

“Este ano termos já 50 grupos vindos da Coreia do Sul é especialmente significativo para o santuário”, realçou.

Outros sinais de recuperação que considerou “igualmente significativos” foram o facto de Espanha continuar a ser o país com mais grupos estrangeiros presentes e, em segundo lugar, aparecer a Itália.

“A recuperação da vinda de peregrinos italianos foi lenta, foi progressiva, mas voltou a superar o número de peregrinos polacos presentes em Fátima”, contou.

Carlos Cabecinhas destacou ainda “uma presença muito significativa” de grupos dos Estados Unidos da América.

“Foi um crescimento exponencial ao longo deste ano. Em termos de grupos organizados dos Estados Unidos vieram quase tantos como de Espanha, com um menor número de peregrinos, mas quase tantos como da Espanha”, realçou.

Outra curiosidade que apontou foi o facto de o santuário ter recebido vários grupos da Ucrânia, apesar de o país estar em guerra: “não era habitual termos grupos ucranianos presentes em Fátima, mas, mesmo neste contexto de guerra, tivemos 14 grupos com 2.460 peregrinos”.

O Santuário de Fátima espera milhares de católicos, hoje e sexta-feira, para a última grande peregrinação do ano, com as cerimónias a serem presididas pelo novo cardeal português, Américo Aguiar.