"Depois de dar negativo de maneira constante, inclusive todos os dias desde quinta-feira, dei positivo para covid-19 nesta segunda-feira de manhã sem experienciar sintomas", disse McEnany, num comunicado, acrescentando que começará a quarentena e continuará a trabalhar de forma remota.

Apesar do diagnóstico, Kayleigh McEnany vincou que nenhum jornalista ou membro de órgão de comunicação social foi identificado como um contacto de risco pelos serviços médicos da Casa Branca. Por outro lado, assegurou que não tinha conhecimento do teste positivo da conselheira do presidente Hope Hicks por ocasião de um 'briefing' à imprensa na última quinta-feira.

Contudo, no domingo, a porta-voz do Presidente realizou uma conferência de imprensa no exterior com repórteres sem usar máscara de proteção.

Na sexta-feira de madrugada, Donald Trump anunciou na sua página pessoal no Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, tinha testado positivo ao novo coronavírus e que iria ficar em quarentena. Horas depois, foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.

Também os senadores republicados Tom Tilis, Mike Lee e Ron Johnson foram diagnosticados com covid-19, bem como o diretor de campanha, Bill Stepien, a antiga conselheira Kellyanne Conway e três jornalistas acreditados para trabalhar na Casa Branca.

A lista de contágios a partir da administração Trump poderá ainda aumentar nos próximos dias, já que no dia 26 de setembro dezenas de convidados estiveram junto do Presidente por ocasião da nomeação da juíza Amy Coney Barrett para um lugar no Supremo Tribunal.

As imagens da cerimónia mostraram a maioria dos convidados sem máscara de proteção e a cumprimentarem-se com apertos de mão e abraços.

Entretanto, a primeira-dama dos Estados Unidos afirmou hoje que se sente “bem” e que continuará com a sua recuperação na Casa Branca, quatro dias depois de ter testado positivo, conjuntamente com o Presidente Donald Trump, à doença covid-19.

Desde que foi diagnosticada, Melania Trump tem permanecido na Casa Branca. “A minha família está grata por todas as orações e apoio! Sinto-me bem e continuarei a descansar em casa", escreveu a primeira-dama norte-americana na sua conta oficial na rede social Twitter.

"Obrigada às equipas médicas e aos cuidadores em todas as unidades, vou continuar a rezar por aqueles que estão doentes ou têm um membro da família afetado pelo vírus", acrescentou.

Na passada sexta-feira, o médico da Casa Branca, Sean Conley, indicou que a primeira-dama, de 50 anos, tinha apenas “uma leve tosse e dor de cabeça”.

“Como já devem ter lido, ela é um pouco mais nova do que eu, apenas um pouco e, portanto, sabemos que a doença, sabemos como afeta os mais velhos em comparação com os jovens, e Melania está a reagir como é estatisticamente suposto”, afirmou Donald Trump, num vídeo gravado no Hospital Militar Walter Reed e divulgado no sábado.

O Presidente norte-americano tem 74 anos e é clinicamente obeso, o que o coloca em maior risco de complicações graves por causa do novo coronavírus que infetou, até à data, mais de 7 milhões pessoas e matou mais de 200 mil nos Estados Unidos.

No domingo, a equipa de médicos que está a acompanhar o Presidente norte-americano admitiu que se Trump continuasse a melhorar o estado de saúde poderia ter alta hospitalar nas próximas 24 horas.