“Temos aqui uma oportunidade para olhar para o relatório independente e para as medidas que temos para a reforma da floresta”, disse o governante aos jornalistas à margem da assinatura de um protocolo numa escola, em Lisboa, destinado a promover a alimentação biológica.

Para o secretário de Estado, este é “o ponto de rutura” no que respeita a incêndios e está identificado o caminho para que as medidas de reforma da floresta tenham continuidade.

“A partir de agora temos um relatório que aponta caminhos”, frisou, acrescentando que é preciso fazer os investimentos certos onde são necessários.

“Temos hoje a noção clara daquilo que é preciso fazer”, garantiu, indicando que a resolução do Conselho de Ministros será “um passo importante”.

Miguel Freitas defendeu ainda que o consenso político é importante, mas que é necessário também “um consenso social” para inverter a situação que tem atingido Portugal com os incêndios florestais.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O Governo vai apoiar os agricultores das áreas atingidas pelos incêndios em várias zonas do país com medidas para assegurar a reposição das explorações agrícolas, disse hoje à agência Lusa o ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

Também o secretário de Estado afirmou que, da parte do ministério, será agilizado um conjunto de medidas para fazer face àquilo que foi “um fim de semana” trágico para o país, nomeadamente os apoios aos agricultores, à semelhança do que foi feito para Pedrógão Grande.

“Hoje é um dia muito doloroso para o país, porque mais uma vez os incêndios florestais ceifaram vidas”, declarou Miguel Freitas, manifestando solidariedade e pesar às famílias das vítimas.