Primeiro responsável da administração de Donald Trump a visitar a Rússia, Tillerson deverá pressionar o Kremlin para que retire o seu apoio a Damasco, enquanto Moscovo lhe deverá pedir explicações pelo bombardeamento norte-americano a uma base militar na Síria.

Forças militares dos Estados Unidos lançaram na madrugada de sexta-feira 59 mísseis de cruzeiro contra a base aérea síria de Shayrat, de onde terão partido os aviões envolvidos no ataque com armas químicas que quatro dias antes matou pelo menos 86 pessoas em Khan Sheikhun, no noroeste do país.

Após o ataque químico de 4 de abril, Tillerson acusou a Rússia, aliada do regime de Bashar al-Assad, de ser responsável “moral” pela morte das mais de 80 pessoas na província de Idleb.

“Os Estados Unidos demonstraram uma completa falta de vontade de cooperar na Síria e de terem em conta os interesses e as preocupações” da Rússia, disse na segunda-feira Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

Moscovo considerou o bombardeamento norte-americano da base aérea síria uma “agressão contra um aliado da Rússia” e uma flagrante violação do direito internacional, dado contornar a ONU.

Tillerson reúne-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, insistindo o porta-voz do Kremlin que “não está na agenda” um encontro com o presidente Vladimir Putin.

Vários políticos norte-americanos pediram a Tillerson para adiar esta visita, considerando que tal representaria um reconhecimento do peso da Rússia no teatro internacional.

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