“O SJ escreveu hoje à administração do grupo Cofina a exigir uma nova reunião, com caráter de urgência, a propósito das informações que lhe chegaram dando conta de tentativas de extinção de postos de trabalho na revista Sábado”, anunciou o sindicato.

Em comunicado, o SJ recorda ter já enviado, a 13 de dezembro, um pedido de esclarecimentos à administração da Cofina sobre este assunto, “até agora sem resposta”.

Segundo refere, em reunião com a Cofina no passado dia 30 de novembro, o administrador Luís Santana garantiu “que a empresa não estava a ponderar avançar para um despedimento coletivo e nem sequer tinha a intenção de fazer cortes de pessoal”.

Contudo, o SJ diz concluir agora que “os despedimentos de jornalistas não eram, afinal, ‘apenas rumores’, como classificou a administração da Cofina referindo-se às notícias que anteriormente davam conta dessa possibilidade”.

Manifestando a sua “solidariedade aos jornalistas da Cofina”, o SJ coloca-se “à disposição dos profissionais envolvidos neste processo para qualquer esclarecimento ou apoio” e apela aos profissionais daquele grupo “que criem órgãos representativos dos trabalhadores para defenderem coletivamente os seus direitos”.

Na reunião de 30 de novembro do ano passado o SJ afirma que a administração da Cofina afastou qualquer cenário de cortes de pessoal, mas admitiu algumas rescisões por mútuo acordo.

Em comunicado então emitido, o sindicato explicou que pediu esta reunião depois de algumas informações de que a dona do Correio da Manhã e do Jornal de Negócios, entre outros títulos, poderia avançar para rescisões com jornalistas em vários órgãos de informação.

"Em representação da administração, Luís Santana garantiu, sem reservas, que não está em marcha qualquer corte de pessoal na Cofina, reforçando que o grupo nunca procedeu a um despedimento coletivo e essa é prática que nenhum dos administradores tem em mente promover, pelo menos nesta fase", adiantou o sindicato.

No entanto, Luís Santana admitiu que "haverá algumas rescisões de comum acordo", prosseguiu o sindicato, acrescentando que o responsável adiantou tratar-se de "casos pontuais, fruto de negociações com profissionais que entenderam que a saída seria o melhor desfecho por não estarem na disposição de cumprir algumas exigências que a empresa considera imprescindíveis".