A Impresa, dona da SIC, do Expresso e da Visão, admitiu hoje vender títulos, no âmbito de um "reposicionamento estratégico" da sua atividade, que passa por uma "redução da sua exposição ao setor das revistas e um enfoque primordialmente nas componentes do audiovisual e do digital”.

Em comunicado hoje divulgado, o Sindicato dos Jornalistas "lamenta que, neste quadro, o Conselho de Administração [da Impresa] não tenha em conta a situação laboral de cerca de duas centenas de trabalhadores" das várias publicações do grupo, que incluem a Visão, a Caras, a Activa, a Exame, a Exame Informática, a Telenovelas e a TV Mais, o Courrier Internacional, o Blitz e o Jornal de Letras.

O órgão liderado por Sofia Branco diz estar "solidário com todos os trabalhadores deste universo" e "à disposição para prestar toda a colaboração que considerarem necessária".

Após reuniões de elementos das direções com trabalhadores de vários títulos, o presidente executivo do grupo de comunicação social, Francisco Pedro Balsemão, enviou uma mensagem indicando que, tendo em conta o Plano Estratégico para o triénio 2017-2019, a "Impresa procederá a um reposicionamento estratégico da sua atividade".

"Nesse sentido, [a Impresa] iniciou um processo formal de avaliação do seu portfolio e respetivos títulos, que poderá implicar a alienação de ativos. A prioridade passa por continuar a melhorar a situação financeira do grupo, assegurando a sua sustentabilidade económica, e logo a sua independência editorial", concluiu na mesma nota.