A dirigente sindical falava aos jornalistas à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, no Ministério das Finanças, em Lisboa, sobre o diploma que coloca a remuneração mínima no Estado em 635,07 euros.

“Os trabalhadores em Portugal continuam a ganhar aquilo que mal dá para o dia a dia. Não são só os trabalhadores da administração pública que ganham mal”, defendeu Helena Rodrigues.

Segundo defendeu a líder do STE, “todos os trabalhadores em Portugal têm remunerações baixas, apesar de já ter acabado a austeridade e apesar de tudo aquilo que se anuncia como um grande progresso”.

“Continuamos a empobrecer”, reforçou a sindicalista, adiantando que “não são os trabalhadores da administração pública os causadores do défice”.

O decreto-lei que coloca o salário mínimo da administração pública nos 635,07 euros entrou em vigor na quinta-feira, abrangendo todos os trabalhadores que se encontrem a receber uma remuneração inferior a este valor no Estado, incluindo os contratos individuais de trabalho. Porém, há trabalhadores que perdem os pontos obtidos na avaliação de desempenho para efeitos de progressão.

"Temos de dizer que a avaliação de desempenho na administração pública não serve para nada, serve para enganar os trabalhadores. E ao fim de uns quantos anos eles [os trabalhadores] têm uma mudança de posicionamento remuneratório se entretanto a lei não mudar e isto não cair", salientou Helena Rodrigues.