
O navio entrou no estreito na quinta-feira e rumou para o sul, disse o ministério, num comunicado.
“Durante a travessia do estreito, os militares taiwaneses monitorizaram a situação marítima e do espaço aéreo, e a situação era normal”, acrescentou o comunicado.
O estreito, com 180 quilómetros de largura, é uma passagem essencial para o transporte marítimo internacional, mas representa uma questão geopolítica para Pequim.
A China considera Taiwan como uma província a reunificar que ainda não conseguiu reunir com o resto do território desde o fim da guerra civil em 1949.
Nos últimos anos, Pequim intensificou a pressão militar sobre a ilha, onde o Governo rejeita qualquer reivindicação chinesa.
O exército de Taiwan tem registado passagens quase diárias de navios chineses pelas suas águas, bem como incursões de aviões de guerra chineses na sua zona de defesa aérea.
Os Estados Unidos enviam navios de guerra através do Estreito de Taiwan em travessias de rotina. Navios de guerra do Reino Unido, Canadá, França e Austrália fizeram também travessias nos últimos anos.
Na quarta-feira, o navio de guerra norte-americano Peralta e o navio canadiano Ottawa passaram pelo Estreito de Taiwan, algo condenado pelo exército da China, num momento em que o porta-aviões chinês Shandong se encontra a realizar manobras em águas próximas da ilha.
A passagem de quinta-feira pelo estreito ocorre após uma visita a Pequim, a 06 de novembro, do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.
O presidente chinês, Xi Jinping, garantiu que a China e a Austrália poderão tornar-se “parceiros de confiança”, após anos de tensões entre os dois países. Albanese, por sua vez, saudou o progresso “inquestionavelmente muito positivo” nas relações bilaterais.
Mas a Austrália criticou na segunda-feira a interação “insegura e pouco profissional” de um contratorpedeiro chinês com um navio australiano que provocou ferimentos ligeiros em vários mergulhadores australianos.
O incidente teve lugar a 14 de novembro em águas dentro da zona económica exclusiva do Japão, quando a fragata australiana estava a realizar operações de mergulho para remover redes de pesca das suas hélices.
O Ministério da Defesa rejeitou a acusação e disse que “as alegações da Austrália sobre uma recente interação entre navios de guerra chineses e australianos são completamente inconsistentes com os factos”.
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