Existe um e-mail interno a circular entre os oficiais do Exército a convocar uma manifestação para a próxima quarta-feira, a acontecer em Belém, de acordo com Expresso, que teve acesso à mensagem. O protesto visa o comportamento do chefe de Estado-Maior do Exército (CEME) durante o roubo de armamento de guerra em Tancos no final da semana passada.

"O plano é começar com uma concentração às 11h30, em frente ao Monumento aos Mortos, na zona da Torre de Belém, e depois seguir em marcha silenciosa em direção ao Palácio de Belém. Aí, os oficiais deverão depor simbolicamente as suas espadas, perante a residência oficial do Presidente da República, que é o comandante supremo das Forças Armadas", escreve a publicação.

No sábado, um dia após ter sido noticiado a ocorrência do furto, o CEME, em declarações à RTP, revelou que decidiu “exonerar os cinco comandos das unidades que estão ligados a estes processos”.

O general Rovisco Duarte adiantou que determinou três processos de averiguações à segurança dos Paióis Nacionais de Tancos, a realizar pela Inspeção-Geral do Exército, no que respeita à armazenagem, à questão da intrusão, envolvendo todas as unidades, e ao sistema de vigilância.

Questionado sobre se ponderou demitir-se, Rovisco Duarte recusou essa possibilidade: "Quando se coloca problemas de demissão, não me passa minimamente pela cabeça”, afirmou.

O responsável sublinhou que, em conjunto com outros oficiais generais do Comando do Exército, tomou “medidas concretas para implementar sistemas de vigilância e de controlo".

Rovisco Duarte admitiu desconforto pelo ocorrido, tanto mais que o Exército foi atingido "no orgulho e prestígio", considerando que foi "particularmente ingrato" porque tem vindo "pessoalmente a fazer um esforço para a vigilância e segurança das unidades".

Esta segunda-feira, dia 3, o jornal El Mundo, citando fontes do Ministério do Interior de Espanha, noticiou hoje que o furto de material de guerra em Tancos poderá estar ligado a redes de tráfico internacional de armas e não ao ‘jihadismo’, tendo sido uma informação avançado ao seu homólogo espanhol, Juan Ignacio Zoido, durante a reunião do G4.

Na declaração enviada à Lusa, o Ministério da Administração Interna refere que a notícia do El Mundo “não corresponde à verdade”.

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