O Correio da Manhã noticiou hoje que a Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária fez buscas na TAP e que apreendeu "diverso material informático e documentação vária" no âmbito de uma investigação, na sequência de uma denúncia anónima, ao departamento de escalas e planeamento que atribuía as horas extraordinárias sistematicamente aos mesmos pilotos e pessoal de bordo em prejuízo de outros e da própria companhia.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da TAP confirmou que "estiveram nas instalações da empresa autoridades competentes no âmbito de uma investigação policial", sublinhando que a operação está em "segredo de justiça" e que, por isso, "nada mais pode adiantar".

No entanto, a companhia aérea refere que "colaborou e colaborará inteiramente no sentido de fornecer os elementos pretendidos" e acrescenta que "acionou os seus mecanismos internos de averiguação" para esclarecer os "factos agora trazidos ao seu conhecimento".

De acordo com o diário, além das suspeitas de corrupção no departamento de escalas e planeamento, há também suspeitas de tráfico de divisas, contrabando de álcool e tabaco, não tendo sido ainda constituídos arguidos no processo.

A Lusa contactou a Procuradoria Geral da República, mas até ao momento não obteve comentários sobre esta investigação.