A reunião entre as estruturas sindicais e a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, sobre a valorização destas duas carreiras está agendada para quinta-feira, na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.

Segundo disse à Lusa o secretário-geral da Fesap, José Abraão, "o Governo pretende valorizar estas carreiras, com um salto de uma posição remuneratória relativamente às posições atuais na tabela, até ao topo".

As carreiras de técnico especialista em orçamento e finanças do Ministério das Finanças e de técnico especialista do INE foram criadas em 2015 e contam atualmente com 14 posições na tabela remuneratória única, com ingresso na carreira no nível 16 (correspondente a 1.333,35 euros) e o topo situado no nível 62 (3.775,83 euros).

Caso a pretensão do Governo avance, a entrada nestas carreiras passa a ser o nível 17, ou seja, de 1.385,99 euros, uma valorização em cerca de 52 euros, a que acrescerá o aumento em 2024 por via da atualização salarial anual (de um mínimo de 52 euros ou 3%).

"Trata-se de uma medida de correção que resolve algumas injustiças verificadas nestas carreiras, mas esperamos que no processo negocial haja condições para ir mais além nesta valorização", afirmou José Abraão.

A Fesap, segundo acrescentou o sindicalista, espera ainda que os pontos obtidos na avaliação de desempenho "possam ser contemplados em futuras mudanças de posição remuneratória, uma vez que aquando da criação destas carreiras, em 2015, os trabalhadores perderam os pontos".

José Abraão realçou que a Fesap pretende ainda que os efeitos da valorização das duas carreiras "sejam a partir do mesmo momento em que foram valorizadas as carreiras gerais de técnico superior, em janeiro de 2023, ou seja, com retroativos".