Na nota, hoje divulgada, lê-se que “o plenário da TSF convocado pela delegada sindical e pela Comissão de Trabalhadores" reuniu-se hoje para “discutir a situação na empresa”, tendo deliberado, “por larga maioria, aderir às ações de luta concertadas pelos sindicatos para todo o universo do GMG”.

Durante o plenário, “foi feito um ponto de situação sobre as ações recentes da CT, incluindo as audiências com todos os grupos parlamentares que mostraram preocupação e prometeram ajudar, na medida do possível, a trazer mais transparência sobre o processo de reestruturação em curso”.

A CT comunicou ainda que “tem questionado a administração sobre, não só o pagamento dos salários deste mês, mas também o pagamento do trabalho suplementar e o trabalho dos colaboradores”, salientando que “já foi reiterado o pedido de acesso às contas da empresa e ao qual esta CT ainda não obteve resposta”.

Ainda que reconhecendo que é uma decisão individual, “o plenário dos trabalhadores decidiu, por unanimidade, recomendar aos trabalhadores a suspensão dos trabalhos extra que fazem para a TSF, caso estes trabalhos não sejam pagos até dia 15 de janeiro”.

Esta data corresponde “ao prazo de dois meses de atraso no pagamento que representa um complemento salarial muito importante para os trabalhadores com salários mais baixos”.

“O plenário da TSF sublinha e agradece a onda de solidariedade nacional em torno dos trabalhadores e das marcas históricas que estão hoje ameaçadas”, indicou, recordando que estão a avançar “outras ações de sensibilização da opinião pública em torno da importância de salvar a TSF e, por consequência, o contributo desta rádio para a democracia portuguesa”.

Na semana passada, o Conselho de Redação (CR) da TSF acusou a administração da Global Media de "ingerência" pela suspensão de "todos os programas" com participação de colaboradores externos, incluindo o Bloco Central, até à entrada da nova direção.

No dia 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

Além da TSF, o GMG detém marcas como o Jornal de Notícias, O Jogo e Diário de Notícias.